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A dor da desilusão amorosa


"No início da primeira sessão Lúcia relatou que terminara um longo e turbulento relacionamento há alguns meses. A cada tentativa de reerguer-se a frustração parecia acompanhá-la, pois nada que fazia a possibilitava esquecer o antigo companheiro e, como costumava afirmar, “nada poderia fazê-la esquecer todas as traições que lhe foram impostas”. Falava com muita raiva e era possível ver o quanto aqueles sentimentos lhe feriam. A dor era para Lúcia imensurável".

Como Lúcia muitas são as pessoas que sofreram uma desilusão amorosa e superar esta dor é um processo de recuperação extremamente difícil. É comum sentir dificuldade em superar o rompimento de um relacionamento, surgindo sentimentos de tristeza, raiva, desamparo, solidão, culpa, desejos de vingança, sensação de vazio e desorganização.


Algumas pessoas tem mais facilidade para lidar com estes sentimentos e a frustração com as expectativas que não se concretizaram na relação, mas existem alguns casos em que a pessoa que sofreu a desilusão amorosa entra num processo de intensa dor e autodestruição. Dependendo do relacionamento, pode surgir a sensação de perda de identidade em decorrência da separação.


A tristeza gerada pela desilusão ganha um enorme espaço em sua vida. A pessoa sente-se deprimida, sem energia para lidar com tarefas do dia a dia, com a autoestima prejudicada e apresentando tendências como: isolamento social, dificuldade de concentração, dificuldade com a alimentação (come exageradamente ou se recusa a comer) e com a higiene pessoal; sentimento de menos valia; ideias suicidas, entre outros.


Alguns amigos e colegas bem intencionados tentam ajudar com frases como: “Essa pessoa não merece seu sofrimento”; ”Valorize-se” ou “Vai aparecer alguém melhor”. A questão é que a pessoa que se encontra neste intenso sofrimento sente dificuldade em olhar para si mesma e seus desejos, não consegue admitir os próprios erros ou, no outro extremo, assume todos os erros e não consegue ver a responsabilidade do outro na relação. Sente-se abandonada e sem perspectiva para o futuro (pessoal e profissional). É como viver numa espécie de prisão e que por algum motivo a pessoa não consegue sair.


Neste momento é importante fazer uma faxina mental. Olhar para tudo o que tem dentro de si e o que quer levar para construir o seu futuro. Para isso é muito importante ter um espaço para falar sobre a experiência da desilusão amorosa, pois este processo ajuda a pessoa a pensar sobre a situação de forma mais ativa. Com o apoio da psicóloga poderão investigar maneiras de trabalhar uma forma de lidar com esses sentimentos e iniciar a cicatrização das feridas ocasionadas pela perda.

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