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Autoestima: A imagem de si mesmo


Este texto foi pensado a partir de temas abordados com clientes diariamente em meu consultório. A imagem e o valor atribuído a si mesmo são questões diretamente relacionadas ao intenso sofrimento psíquico de muitas pessoas e diversas vezes esta é a demanda que as fazem buscar por ajuda psicológica.


Na minha prática como profissional tenho acompanhado pessoas com dificuldades em confiar em si mesmas e estabelecer relacionamentos afetivos e profissionais satisfatórios. Muitas vezes encontram-se paralisadas por sentimentos de incapacidade para lidar com a vergonha, ressentimentos, ansiedade e culpa . Esses são sentimentos que podem estar diretamente relacionados com questões de autoimagem.


Para começar precisamos entender o que estou me referindo quanto a autoimagem, ou seja, trata-se do sentimento de valor que o indivíduo tem sobre si mesmo. É estruturada a partir do relacionamento que a criança tem com seus pais, ou figuras de referência nos primeiros anos de vida (avos, tios, padrinhos, etc). A autoimagem é desenvolvida paralelamente com a noção de identidade.


No primeiro momento a criança não tem consciência de si mesma, dependendo da relação com os pais e com o meio para dar conta de seus próprios sentimentos. Com o tempo ocorre a diferenciação da psique materna, neste momento a criança começa a desenvolver as próprias características de sua personalidade. Portanto, o relacionamento saudável com os pais e com o ambiente são fundamentais nos primeiros anos de vida, auxiliando no desenvolvimento de características como a autoconfiança e capacidade de realização do potencial pessoal.


Experiências de abandono e dificuldades afetivas vivenciadas na primeira infância geram uma profunda ferida, podendo ocasionar graves problemas na vida futura. Pessoas que experimentaram a falta de afeto e de segurança, tem maior dificuldade para encontrar em si mesmas recursos internos para uma vida prazerosa, podendo ter comprometida a capacidade afetiva, cognitiva, a formação da identidade e da autoestima.


O sentimento de vazio leva a pessoa a uma busca compulsiva de satisfação externa, depositando expectativas de que o outro poderá trazer a felicidade e o equilíbrio que procura.


Relatos de inadequação, fracassos e auto depreciação, sentimento de inferioridade, incapacidade e paralisia estão presentes no cenários psíquico da baixa autoestima.


O valor que o individuo tem de si mesmo traz consequências para as escolhas que faz cotidianamente em sua vida. Por isso é preciso compreender a importância de buscar ajuda psicológica. A psicoterapia tem como objetivo ajudar a pessoa a rever suas experiências infantis de abandono, auxiliando-a na elaboração de antigos traumas e conflitos. Desta maneira, poderá recuperar a esperança de uma nova realidade, uma saída para sua história pessoal e coletiva.


Por meio do trabalho com a psicoterapia, terá a oportunidade de assim criar novas imagens de si mesma, abrir novas perspectivas de transformação da própria personalidade, traçando novas perspectivas e planos para o futuro.

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