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Exigir muito de si mesmo


O que é exigir muito de si mesmo? Qual o parâmetro para saber se está ou não ultrapassando os seus próprios limites? Quando parar não significa paralisar? O que significa paralisar para você? Para que tanta exigência? Qual o objetivo de tudo isso?


Já parou para refletir sobre essas questões?


Pois é, geralmente as pessoas passam anos de suas vidas ou a vida inteira apenas agindo de maneira mecânica, sem refletir o que está por traz de tantas tarefas, compromissos e auto cobranças.


Mas se tentarmos nos aprofundarmos em quais seriam os objetivos dessa forma de viver (ou sobreviver), não é raro que se sintam incomodados ou mesmo chocados por não conseguir uma resposta satisfatoriamente boa para si mesmos sobre essas perguntas; em outros casos haverão muitas resposta, como por exemplo o desejo de garantir algo no futuro, mas pouquíssimas dessas respostas estão de fato relacionadas ao real bem estar do próprio indivíduo.


Geralmente as pessoas que exigem muito de si mesmas se colocam numa posição muito difícil diante da vida, pois a única possibilidade de agregar valor para sua imagem pessoal e profissional está no caminho do “acertar” ou daquilo que impuseram para si mesmas como sendo o caminho certo. A partir dessa perspectiva a vida se torna cada vez mais dolorosa e restrita, pois passa a não existir lugar para os erros e as incertezas.


O interessante e contraditório é que a vida parece acontecer em meio a uma série de acertos e erros, encontros e desencontros, perfeição e imperfeição. Mas, o medo de errar, o medo de não conseguir lidar com os erros ou o medo de ser julgado faz com que o indivíduo comece a trilhar para si um caminho tortuoso, dando abertura para surgir sentimentos de menos valia, culpa, insegurança, raiva, tristeza, competitividade exacerbada, entre outros.


A autocobrança é importante para poder lidar com as tarefas diárias e poder mantermos nossas responsabilidades sobre aquilo que assumimos conosco e com o outro, porém, autocobrança em excesso pode acabar prejudicando o desenvolvimento emocional, pessoal e profissional se não for trabalhado de maneira consciente. Culminando numa rigidez emocional que gera estresse, tensão, crises de pânico e de ansiedade, depressão, sentimento de paralisia nas decisões cotidianas, remorso e muitos outras formas intensas de sofrimento.


É importante esclarecer que motivar-se é diferente de cobrar-se em excesso. Exigir algumas coisas de si mesmo para não acomodar-se é muito importante, mas em excesso pode tornar-se algo patológico, que ao invés de colaborar para o crescimento pode culminar em muitos prejuízos na relação consigo mesmo e com o outro.


A pessoa muito exigente consigo mesma tem a tendência de comparar-se constantemente e focar apenas naquilo que lhe falta ou naquilo que não foi possível ser conquistado, além da busca constante pelo reconhecimento e aprovação dos outros. Quase sempre desvaloriza as próprias conquistas e se surpreende e/ou duvida da intenções do outro ao receber elogios, vivendo então um intenso e doloroso ciclo.


O que está impondo a si mesmo?

Qual o tamanho do sofrimento que isso está te causando?


Será mesmo que isso faz sentido? Faz sentido para que?

Será que é saudável para você se manter nesse lugar?


Estas são algumas perguntas importantes para fazer a si mesmo e que poderão ajudar no sentido de compreender se está exigindo demais e quais as consequências que isso poderá acarretar em sua vida. Claro que muitas vezes essas não serão questões fáceis de serem respondidas sem o auxílio de um profissional especializado. Por isso a psicoterapia se apresenta como uma importante ferramenta no auxílio das descobertas deste caminho.


A psicoterapia possibilita a reflexão e expansão da consciência, da maneira como o indivíduo vive e percebe o mundo ao seu redor, permitindo a abertura e soltura das correntes emocionais e psíquicas que o prendem a um universo que muitas vezes não lhe é satisfatório ou propício no sentido de novas descobertas e uma vida mais equilibrada.

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