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A função da depressão


Tem aumentado cada vez mais os casos de depressão em todo o mundo. Saiba o que é a depressão, quais os sintomas, a diferença entre tristeza e depressão e qual a função da depressão na vida das pessoas.

O que é a depressão?

Algumas situações geram tristeza e desanimo e é uma reação natural à perda e aos desafios da vida. Entretanto, às vezes, estes sentimentos se tornam muito intensos, dura longos períodos e retira a pessoa de sua vida cotidiana, causando prejuízos na esfera pessoal, familiar, social e laboral.


Segundo a Psicologia Junguiana, a depressão inibitória caracteriza-se através do mecanismo de introversão da libido. Neste caso a energia psíquica inicialmente disponível à consciência, desloca-se para o inconsciente, provocando uma depressão ou queda do nível de energia na consciência. Este fenômeno energético ativa conteúdos no inconsciente, tendo como consequência os sintomas depressivos.


A depressão traz à pessoa intenso sofrimento psíquico, sendo os sentimentos de desamparo, desesperança tão intensos e implacáveis, que dificultam a possibilidade da pessoa lidar sozinha com estes conflitos.


Sintomas

Há um número crescente de pessoas que chegam ao consultório psicológico com diagnóstico de depressão e relatando sintomas como desanimo, sentimento de desamparo, insônia ou hipersonia, falta de apetite, perda de interesse e energia, sensação de vazio, pensamentos negativos, distorcidas e depreciativos, pensamentos suicidas, entre outros.


O conjunto destes sintomas interferem na capacidade de trabalhar, estudar, comer, dormir, divertir-se, infligindo sofrimento ou limitação significativa no funcionamento geral da pessoa, causando prejuízo e dificultando o funcionamento social ou ocupacional.

Diferença entre tristeza e depressão

É importante lembrar que estar triste não significa depressão. É preciso estar atento ao contexto atual de vida, afinal, é natural que diante de alguns acontecimentos (falecimento de entes queridos, término do relacionamento, demissão do emprego e outros) a pessoa sinta-se triste ou desmotivada.

Qual a função da depressão na pessoa?

A dor da depressão é implacável e os sentimentos negativos em conjunto com a desesperança de melhora parece tomar conta. Normalmente, tentativas de tirar a pessoa da tristeza e medicá-las se torna o ponto central dos tratamentos. Mas não adianta apenas eliminar os sintomas, pois são originários de conteúdos inconscientes mais profundos, ou seja, se tais conteúdos não forem devidamente trabalhados, compreendidos e integrados à consciência, em algum momento da vida tornarão a se manifestar.

E a pergunta é: Qual a função da depressão na vida da pessoa?

Quando um indivíduo desenvolve unilateralmente um aspecto de sua personalidade, o aspecto que ficou subdesenvolvido precisa ser compensado. Por exemplo, uma pessoa que conduz sua vida de modo excessivamente racional, deixa de investir nos seus aspectos afetivos. Neste sentido, a psique começa a trabalhar num mecanismo compensatório objetivando o equilíbrio, ou seja, reorganiza a energia psíquica presente na extrema racionalidade do indivíduo para o mundo externo, direcionando-a para o inconsciente e para o mundo interno do indivíduo. A energia diminui na consciência e aumenta no inconsciente. A depressão traz a lentidão e esta possibilita que o indivíduo olhe para dentro de si e reflita sobre sua própria vida.

A depressão pode ser vista na perspectiva de convocação para mudanças no modo como sua vida está sendo conduzida, sendo um agente de mudança a serviço da busca de sentido que vai além daquilo que conhecemos e estamos habituados a viver.


A psicoterapia é uma importante ferramenta no trabalho com a depressão. A psicóloga pode ser entendida como uma companheira nesta dolorosa e profunda viagem, podendo ser o suporte que irá lhe auxiliar na compreensão de quais aspectos pessoais a serem alterados e os conteúdos que precisam ser elaborados. Dessa maneira é possível compreender o que a depressão quer, ou seja, integrar novas perspectivas e realizar importantes transformações.


O sucesso do tratamento dependerá da adesão e do comprometimento do paciente com si mesmo e com o processo psicoterápico. Alguns casos os medicamentos são importantes, pois a medicação pode diminuir alguns desses sintomas incômodos, mas não possibilita a compreensão e formas de lidar com as emoções, ansiedade e estados de humor diminuído. Portanto, é importante lembrar que medicamentos não podem substituir a psicoterapia.

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